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Não sei o que aconteceu. Mas ontem, por volta das 20h15, roubaram-nos o Porto. Não sei o que fizeram, como os levaram do estádio e mais, como é que meteram lá cerca de 30 fulanos com as mesmas caras mas que nos roubaram a equipa, roubaram. Aqueles onze jogadores em campo, em comum com os nossos apenas tinham os equipamentos e as caras porque de resto, de magia, de jeito, de classe, não vi nada.
Não vi eu e muitos outros adeptos, a quem o coração batia tão depressa, ansiosos pela vitória e a manutenção na luta pelo tão (agora) tão longínquo título, e consequente penta-campeonato. Mas já lá vamos.
Já horas antes pensava no jogo, como seria e quanto iria ficar. Caí, por isso, no erro de acreditar que o resultado ia ser parecido com o do Dragão. Muitos me disseram que ia haver surpresa, e que íamos perder mas não liguei e continuei o meu caminho, pensando apenas e somente na vitória que estava cada vez mais perto.
Como todos percebemos, não foi assim. Logo no início vi que algo não estava bem e lembrei-me de um livro que li recentemente. Um livro aliás escrito por Álvaro Magalhães que se intitula de "O futebol ou a vida" e fala sobre três jovens e claro, de futebol, mas vou avançar pois não pretendo falar do livro (mas para os interessados a capa é esta e o livro encontra-se à venda nas livrarias mais comuns, sendo também da colecção um livro do mesmo tema mas do Sporting e ainda um do Benfica). O que queria realmente era associar o jogo de ontem a um episódio deste livro. Hulk perde a sua medalha da sorte e tudo lhe corre mal até reaver a medalha e ontem lembrei-me disto ao ver o meu Porto a jogar. Parecia que todos tinham perdido a sua pequena medalha da sorte. A equipa estava murcha, apática e pensei para mim que precisavam de descanso, mas logo mudei de opinião pois o Futebol Clube do Porto parece uma equipa inglesa, daquelas que quanto mais jogos tem , melhor joga - ou seja, muito ritmo de jogo - portanto tirei logo essa ideia da cabeça. Foi, enfim, um jogo muito fraco da nossa parte, em que nenhum dos nossos jogadores se destacou pela positiva. Até o Bruno Alves, repito: o Bruno Alves(!), estava assim. Na mesma jogada, levou uns 3 ou 4 (e desculpem a expressão) bailes do Liedson.
Se há uns dias tínhamos visto um Porto a jogar tão bem frente ao Braga e ao Arsenal, esse Porto desaparecera ontem e sofria uma derrota de 3-0 (!) e assim era o pior jogo da época. Não conhecíamos o sabor da derrota desde a visita ao Benfica, a 20 de Dezembro de 2009, e 3 golos sofridos era novidade este ano.
Se consigo ver algum ponto positivo no jogo de ontem? Não, não consigo. Apenas me vem à cabeça a ideia de que assim pode ser que o professor saia do seu cargo mais cedo do que o previsto, pois recordo que tem contrato até ao fim da época que vem.
Assim termino, esperançado de que a próxima vez que vier falar sobre um resultado, seja uma vitória.

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1 comentários:

Dragaopentacampeao disse...

Sempre tive consciência das dificuldades que teríamos de enfrentar, face ao atraso considerável dos dois da frente, disfarçando, confesso, algum temor pela capitulação a cada jogo, atenuado é certo por resultados e exibições que a equipa, aqui e ali (Sporting para a Taça e Braga, na jornada anterior)ia desenvolvendo.

Foi ainda assim, com indescritível desilusão que assisti ao desmoronar do sonho, que lá bem no fundo o meu fervor clubista ainda alimentava.

Sem honra nem glória, são os termos exactos.

Inconcebível a forma de actuar dos nossos atletas, subjugados do primeiro ao último minuto, impotentes para esboçar que fosse qualquer tipo de reacção, deixando a nu uma catadupa de fragilidades que tem apoquentado a equipa na maioria dos jogos disputados esta época, com excepção para uma meia dúzia de exibições à campeão.

Incompreensível se atendermos às circunstâncias. O Porto vinha de um resultado gordo e uma exibição vistosa frente ao comandante do Campeonato, dando a ideia do reforço da sua candidatura ao título, enquanto o adversário, depois de batido copiosamente no Dragão para a Taça, tinha ainda contra si o esforço despendido a meio da semana na tarefa europeia.

Intolerante, pela displicência, pela falta de raça, de ambição e solidariedade, em resumo pela falta de estofo de campeão, numa altura em que era obrigatório responder no campo às provocações e injustiças de que o Clube tem sido alvo.

Estou na fossa!

Um abraço