A fase chata do ano

Com o verão vêm as incertezas e as especulações são muitas, especialmente depois de se erguerem troféus.

Gosto de chamar a esta fase (ou altura, como quiserem) a fase chata do ano. São praticamente três meses sem futebol oficial, dois se não contarmos com o Europeu ou o Mundial, em ano disso, e do meu ponto de vista não sei o que é pior. Claro que prefiro, na condição de espectador, um ano onde possamos assistir aos jogos das selecções mas, enquanto adepto do Futebol Clube do porto, já não consigo ter certezas. João Moutinho conduz a bola, João Moutinho recebe, João Moutinho finta, João Moutinho remata, João Moutinho passa. As capas dos jornais descrevem as prestações do nosso médio no Euro2012 como brilhantes, exuberantes, soberbas, magníficas... E os interessados acordam. Acordam de um sono longo, que dura desde janeiro (quando possivelmente tentaram uma compra, previsivelmente e possivelmente negada com um simples 'a meio da época não se vendem jogadores destes').

Isto tudo, estes jogos da selecção, faz com que o valor dos nossos jogadores (falo de João Moutinho porque tem sido o 'portista em destaque', mas não suspirem de alívio porque Hulk deverá participar nos Jogos Olímpicos) aumente a cada dia que passa e, em vez de passarem a ser três meses de especulações sem jogos pelo meio para valorizar ainda mais os atletas, enfrentamos noventa dias de desespero.

No ano passado, Radamel Falcao abandonou o Dragão já depois do começo da época (felizmente, Rúben Micael acompanhou o colombiano). Foi péssimo. Deixou-nos sem tempo para abrir a carteira e investir e, o tempo que tivemos em janeiro, foi terrivelmente aproveitado. Este ano só peço, se assim for possível, que vendam todos os que têm para vender até, vá lá, a época começar. Não quero ver um Futebol Clube do Porto ficar sem Hulk, James, Moutinho, Fernando, etc à última da hora e com dificuldades para remendar a venda.

Com isto, caros portistas, resta-me apenas anunciar uma coisa: 

O mercado fecha às 23h59 do dia 31 de agosto e, até lá, faltam sessenta e oito dias. Tudo pode acontecer. Todos podem sair e todos podem entrar. É esperar (e sofrer um pouco) para ver.

1 comentários:

Anónimo disse...

Isto foi muito desde que haja um monte de lá fora à espera para a direita.