Novamente o mesmo erro

"O fim de uma era", escreve-se. Novamente. E uma vez mais de forma precipitada. No entanto, estou farto das típicas conversas da gíria futebolística baseadas em 'o meu clube é melhor que o teu porque eu digo que sim' ou 'só perdemos por causa de x', razão que me leva a procurar abordar o tema de uma outra forma - pouco ortodoxa?

Adoro ténis. Sigo ténis todos os dias, vejo ténis todos os dias, escrevo sobre ténis todos os dias. A moral e a ética dizem que quem o faz deve colocar de parte qualquer favoritismo nessa altura e eu assim o faço. Mas quando sou apenas um ser humano em frente a uma televisão a perseguir uma pequena bola amarela com os olhos estou no meu direito de tomar o lado que quiser. Como tal, não consigo ser indiferente à garra de Rafael Nadal, à resistência de Andy Murray, à elasticidade de Novak Djokovic e à classe de Roger Federer, entre outros.

E é precisamente de Roger Federer que venho falar. Esse mesmo. Um suíço que após vencer o Australian Open de 2010 começou a ser largamente criticado pelos resultados menos positivos e grande jejum em torneios major. Esse mesmo, que dia após dia era rebaixado e dado como terminado. Até ao dia em que regressou a Wimbledon e, perdoem-me a expressão, calou tudo e todos. Levou o troféu para casa e com ele regressou ao primeiro lugar do ranking, batendo o record de semanas lá passadas. Mas a memória é curta e rapidamente voltou a ser colocado num patamar inferior. "Está velho!"; "Já não tem resistência!"; "Os adversários são demasiado bons!". Não me interpretem mal, as críticas não eram totalmente despropositadas - 2013 foi mesmo uma época má, a sua pior -, mas uma vez mais a sentença foi-lhe lida demasiado cedo e meses depois está de novo a praticar algum do seu melhor ténis.

O Futebol Clube do Porto também estava morto quando Jorge Jesus chegou a Lisboa e venceu o campeonato. Mas a morte foi curta e na época seguinte a glória estendeu-se a todas as provas de renome. 2013/2014 foi mau, sim (já viram? Na nossa pior época, aquela que tanto espanto causa, conquistamos pelo menos um troféu, chegamos a uns QFs europeus e terminamos numa posição que nos permite jogar na Champions), mas o Futebol Clube do Porto está longe de estar terminado. E o mesmo se aplica a esta 'era'.

1 comentários:

Anónimo disse...

Esta frase de Lincoln está genial: " Não é possivél enganar todos, durante todo tempo!" A verdade virá ao tono e este ano além de ser o maior desatre no futebol sénior, também não ganhamos porcaria nenhuma em qualquer das categorias jovens e nas modalidades tirando o crónico Andebol....nada mais! Por isso será impossivél enganar todos todo tempo... Já não era sem tempo.. O povo não dorme e em breve vão acordar... Haja coragem para dizer bem alto: Basta de enganar todos todo tempo! Esta gente está lá a mais... Sei que muitos estão controlados e "atarrachados" para não falar, publicar, dizer ou comentar... Mas o resultado desportivo diz tudo: pior era impossivél! Claro que já sei que vão falar no histórico das nossas brilhantes conquistas dos ultimos 30 anos, mas isso já cheira a discurso dos mouros, que viviam das conquistas passadas. O dia de ontém, é tanto passado como o de á um mês, um ano, dez, vinte ou trinta. Viver do passado? Viver do histórico? O histórico é que este ano foi um desastre total a todos os niveis e o presente não se mostra melhor. Dai: Não se pode enganar todos, durante todo o tempo! O Povo não dorme... Mesmo que o queiram adormecer! Mete nojo ver certas figuras a viver á custa do nosso clube quando nem portistas são. Para quando a máquina de "Propaganda" irá parar de promover quem se aproveita do clube para ganhar milhões? Atiram areia para os olhos de todos nós, mas infelizmente o resultado desportivo desta vez não deu para branquiar as "jogadas" e vai dai a oportunidade da frase! Vão ser vitimas da sua própria avidez, e gula... Vão ser corridos infelizmente, não por serem apanhados, mas sim por serem incompetentes. Os tempos que ai vêm são dificeis, mas tem a parte boa e positiva: vão ser corridos aqueles que pensavam poder enganar todos , todo tempo! Francisco Holstein