Nada que nos fosse estranho

Não foi a exibição de x ou de y que nos fez perder o encontro. Não foi uma melhoria inesperada da equipa para casa em relação a outros encontros que nos fez não conquistar nenhum ponto. Assim como não foi a terrível arbitragem que nos fez sair de Lisboa como chegámos. Não. Porque tudo isso acontece em 99% das vezes que defrontamos o nosso rival. A diferença esteve em hoje, neste domingo nada ensolarado, não termos conseguido contrariar tudo o que se nos pôs à frente.

Se em anos anteriores contrariamos os golos sofridos com mais golos marcados, se contrariamos os cartões amarelos (e até vermelhos) mal mostrados, os foras-de-jogo mal assinalados e os penalties por assinalar, entre outras coisas, com jogadas dignas desse nome e com golos, hoje, 12 de janeiro de 2014, nada disso fizemos. Não tivemos uma reação digna a nenhum dos obstáculos que nos foram colocados, tanto pelos homens de vermelho como pelos de amarelo. O que fizemos em campo não foi suficiente e, como tal, o resultado não poderia ser outro.

Foi bonito ver toda aquela homenagem a Eusébio, foi bonito ver Quaresma regressar a um campo vestido de azul e branco. Foi triste ver o Futebol Clube do Porto mais uma vez perdido dentro das quatro linhas, comandado por um treinador que nada mais fez do que cruzar os braços ainda a batalha ia a meio. E assim tudo fica mais difícil.

Desviando-me agora um pouco deste último parágrafo, não nos ser estranha não significa que não mereça ser contestada. Como tal, deixo as seguintes perguntas: como pode um jogador ser expulso por ver um amarelo quando protesta e com razão por ter sido assinalada uma falta quando um dos seus colegas de equipa ficava praticamente isolado em frente à baliza adversária e por ver outro ao cair derrubado na área do oponente? Como pode, aliás, o árbitro interromper uma jogada de ataque quando um dos nossos jogadores ficava praticamente isolado? As estas perguntas seguem-se muitas outras interrogações que se prolongam no meu cérebro devido à dualidade de critérios relativos à mostragem de cartões amarelos, mas fiquemo-nos por aqui.

O campeonato está longe de estar perdido e até à última jornada, até ao minuto noventa e dois, tudo pode mudar. E mudará.

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