Ir a Leverkusen ganhar ao Bayern

Eu também queria estar na Champions League. Eu queria sentar-me em frente à televisão numa terça-feira à noite para ver o Futebol Clube do Porto jogar. Mas nada disto é possível e a única alternativa foi assistir a dois outros jogos, de entre dos quais o do PSG.

Paris Saint Germain, campeão francês que, esse sim, defrontou (e goleou) o Bayern de Leverkusen. Repito, eu também gostava de estar na Champions League. Mas não estou. Como tal, o mínimo que peço é a dedicação de toda a equipa para conseguir uma campanha aceitável na segunda competição mais importante. Existiu. Da equipa, dos jogadores, houve dedicação. 

No entanto, houve um senhor que foi mais longe do que nunca. Paulo Fonseca costuma limitar-se a assistir aos encontros de braços cruzados ou atrás das costas, celebrando efusivamente um golo contra uma equipa de fundo da tabela, mas desta vez foi diferente. Não (e felizmente...) satisfeito com o, perdoem-me, vergonhoso resultado, decidiu ir para a flash interview sonhar. O Bayern nada fez para merecer este resultado e teremos de ir a Leverkusen lutar por golos e pela vitória. Assim será difícil. Aliás, assim será impossível. E se pode parecer um exagero dedicar tantas linhas a este episódio, a verdade é que na minha opinião declarações destas vindas do treinador refletem e justificam o estado atual do Futebol Clube do Porto.

Em nota de rodapé, e porque soluções após o segundo golo do conjunto alemão não existiram e portanto não nos foi possível inverter o resultado, é de sublinhar, destacar, mencionar, elogiar, apreciar, o golo de Ricardo Quaresma. Que obra de arte! Um ou outro comentador inglês não foi além da inocência, admitindo julgar que o cruzamento era o objectivo do português, mas quem o conhece, quem já o viu jogar no Dragão, sabe que daquela zona e naquelas circunstâncias o único alvo era a baliza. E ainda bem que o foi. Que belo momento de magia.

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