O monopólio em que se tornou o futebol

Em função do meu último artigo, que teve como objectivo anunciar as vendas de João Moutinho e James e ainda partilhar a minha total confiança no clube aquando de acções relacionadas com movimentos de mercado, venho agora e por este meio expressar o meu desagrado enquanto adepto de futebol, e não apenas do Futebol Clube do Porto.

Chegámos a um ponto em que o prestígio pouco ou nada começa a interessar, sendo cada vez mais substituído pelo poder monetário de cada entidade que, dia após dia, se chega à frente para dirigir (controlar será a palavra mais adequada, embora menos bonita) um clube.

Dinheiro para aqui, dinheiro para ali, e clubes de que há muito não se ouvia falar desta forma começam a dominar o mundo do futebol. Nada tenho contra aqueles que, anos e anos depois, regressam aos títulos, assim como nada tenho contra os investidores que procurem apenas ajudar um clube. O meu verdadeiro problema está em encontrá-los, porque até à data apenas testemunho a aquisição de instituições com outros objectivos, mais obscuros.

Continuando: o futebol está cada vez mais astronómico, os números mudaram completamente desde o início do século XXI e um bom exemplo disso é, por exemplo, uma simples constatação do registo de movimentos dos cofres do nosso clube, pelos quais já passaram milhões e milhões, devido às significativas vendas de muitos jogadores de qualidade. E assim é um pouco por todo o mundo, com a modalidade a transformar-se por completo num monopólio, um monopólio global que, dentro em pouco, dominará por completo e sem excepções à regra (porque aqueles que não tiverem as mesmas capacidades monetárias pouco ou nada poderão fazer) o mundo do futebol. 

O dinheiro passará a trazer felicidade. Pelo menos à gíria futebolística, que conta já com clubes que sofreram  injecções de dinheiro a sagrarem-se campeões de Inglaterra, de França, da Europa, etc. etc. etc.

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