Primeiro teste de 'nível elevado' cumprido com sucesso

Depois do já habitual treino conjunto com a equipa do Valadares, ainda em Portugal, e do encontro frente ao modesto Maastrichtse Voetbal Vereniging (que actua na segunda divisão holandesa), este sábado pudemos finalmente ver o Futebol Clube do Porto versão 2013/2014 em acção frente a uma equipa de nível muito superior às anteriores e mais semelhante ao do nosso conjunto.

Se todos os reforços até à data contratados já se encontravam disponíveis para entrar em campo frente ao Marselha, num encontro que acabaria por definir a equipa vencedora da Valais Cup (em Sion), Quintero tinha sido confirmado horas antes e tornava-se na mais recente aquisição do nosso plantel, que garantia assim o nono jogador da época - havendo ainda a possibilidade de se juntar Bernard ao grupo, naquela que, na minha opinião, seria uma das maiores transferências da nossa história. Repito, história.


O onze inicial era claramente mais competitivo e transmitia a ideia de que Paulo Fonseca já pretendia colocar em acção grande parte dos jogadores com que deseja contar para os primeiros jogos oficiais da temporada e desde cedo se percebeu que muito do entendimento da época transacta se mantia, mesmo depois das vendas de James Rodríguez e, sobretudo, João Mourinho (o jogador que mais nostalgia provoca aquando de uma análise táctica a este novo Porto).

Ainda sobre o jogo, se a equipa do Olympique Marseille foi a primeira a chegar perto da baliza adversária, a verdade é que o golo inaugural foi marcado por Izmaylov, depois de um excelente remate de Kelvin que apenas parou na barra da baliza marselhesa. O conjunto francês continuava, esporadicamente, a chegar à grande área de Helton e a assustar o guarda-redes brasileiro, mas ficou mais uma vez provado que no futebol não basta pontapear a bola 'lá para a frente' - como muitas vezes vemos nos jogos da Liga Portuguesa. A consistência táctica e a existência de um plano que passe por manter a bola durante mais de dez segundos e que tenha ainda como objectivo a construção de uma jogada com princípio, meio e fim é sempre mais benéfica e, no final, os resultados costumam ser notórios. Em Sion, mais uma vez, saiu vencedora a equipa que optou pela construção de jogo e que, ainda assim, conseguiu rodar todo o plantel sem danificar a sua estrutura táctica.

'Táctica' tem vindo a ser uma palavra muito usada por mim ao longo da pré-temporada (não só neste post mas também nas minhas análises exteriores à blogosfera) e passo a explicar: independentemente de todo o desejo de querer ver os novos equipamentos e/ou as mais recentes aquisições em acção, considero que é o aspecto que mais atenção requer nestes primeiros testes, pois é crucial solidificar uma estratégia consistente para os primeiros desafios oficiais da época desportiva.

*sou defensor de uma apresentação limpa, mas, desta vez, não resisti a colocar o gif do magnífico golo do Iturbe no artigo. Para ver e rever, sem parar até um próximo tento de qualidade semelhante (devidos créditos do ficheiro para SIMAOFCP).

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