Precisamos do 'velho' Porto de volta.

A 6 de março de 2010 escrevi "ontem, por volta das 20h15, roubaram-nos o Porto. Não sei o que fizeram, como os levaram do estádio e mais, como é que meteram lá cerca de 30 fulanos com as mesmas caras mas que nos roubaram a equipa, roubaram. Aqueles onze jogadores em campo, em comum com os nossos apenas tinham os equipamentos e as caras porque de resto, de magia, de jeito, de classe, não vi nada." Na altura valeu-me a leitura e citação por parte de Álvaro Magalhães. Hoje, mais de três anos depois, gostaria que o meu leitor fosse Paulo Fonseca. Esse mesmo.

Paulo Fonseca pois tem sido ele o maior ladrão da alma azul e branca, o que mais perturba e altera o sistema desta equipa. Tem sido Paulo Fonseca o responsável pela falta de ordem que se prolonga do sector defensivo ao ofensivo, da lateral esquerda à direita. Tem sido Paulo Fonseca o mau agitador do plantel, o mau chefe, o mau treinador. Não consigo nem posso colocar as culpas num outro elemento. Assim como fui dos primeiros a defender e apoiar a sua chegada ao Futebol Clube do Porto, sou dos que mais rapidamente se levantam, se manifestam contra a sua permanência - pelo menos nas actuais circunstâncias.

Não sou a favor de mudar de treinador a meio de uma época, nem sequer na paragem de Natal, mas muito menos sou adepto de se continuar com um mesmo elemento de tamanha importância numa equipa sem se fazer quaisquer alterações. Precisamos de mudanças urgentemente, e urgentemente porque se 'ontem' a vantagem era de cinco pontos para os nossos maiores rivais, amanhã poder-se-à tornar numa desvantagem de dois pontos.

Precisamos de mudanças, caro Paulo. Precisamos de viver o renascimento do Dragão, de testemunhar o retorno da magia, de voltar a celebrar o adiantamento da equipa no marcador e de celebrar uma vitória. Precisamos do velho Porto de volta.

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